quinta-feira, setembro 18, 2008

Resultados estimulam o esporte paraolímpico

Camilla Sanches,
de Pequim
A 13ª edição dos Jogos Paraolímpicos chegou ao fim nesta quarta-feira (17) e, de acordo, com o chefe da delegação brasileira, Alberto Martins, as expectativas foram atendidas, algumas até superadas. “Tínhamos consciência de que ia ser uma paraolimpíada extremamente difícil. Um nível de performances altíssimo. A natação e o atletismo cumpriram seu papel como favoritos aos pódios e a participação do Brasil, de maneira geral, extrapolou o esperado”, disse.
Foto: Geyzon Lenin
O atletismo foi responsável por 15 medalhas, das quais quatro ouros. A natação confirmou o favoritismo e trouxe oito douradas para o país, ao todo foram 19, oito a mais que em Atenas. Entre as mais marcantes, destacam-se as duas dobradinhas brasileiras com ouro e prata no pódio garantidos pela dupla André Brasil e Phelipe Rodrigues.

“Já esperávamos pelo resultado. A hipótese dos bronzes com o Phelipe também foi considerada, mas graças a Deus vieram as duas pratas”, comemorou o coordenador técnico da natação, Gustavo Abrantes. Segundo ele, essas conquistas vêm premiar o trabalho feito desde 2004, pós Atenas. Abrantes ressaltou ainda a importância dos novos talentos que surgiram para complementar o quadro de atletas. “O André e o Phelipe não estavam em Atenas e estão aqui com boas performances, assim como Daniel Dias”.
Foto: Geyzon Lenin
Phelipe já é apontado como substituto de André Brasil. Na disputa entre os dois quem ganha é o país com dupla possibilidade de medalha em única prova. “Essa dobradinha representa uma evolução já que até Atenas nós tínhamos pouca renovação. Neste ciclo tivemos uma renovação com qualidade”, concluiu. Enquanto em 2004 Clodoaldo foi o único responsável por medalhas de ouro, nesta edição elas foram divididas entre Dias e Brasil, cada um com quatro na bagagem.
Para Abrantes, estas vitórias criam novos heróis, novos ídolos. Além de estimular o surgimento de futuros atletas.

Andrew Parsons, secretário geral do comitê Paraolímpico brasileiro (CPB), demonstrou satisfação com o desempenho dos paraatletas. Segundo ele, a meta era ficar em 12º lugar no quadro de medalhas. O Brasil extrapolou qualquer previsão e terminou em 9º. Além das inéditas medalhas no hipismo, na bocha e no tênis de mesa, Parsons elegeu como o momento mais emocionante o terceiro lugar da nadadora Verônica Almeida nos 50 metros borboleta S7. “O bronze dela foi comemorado por toda a delegação, em todas as modalidades. Ela se superou”. Verônica é portadora da síndrome de Ehlos Danlos, uma doença progressiva e degenerativa.

Acompanhando o movimento paraolímpico desde 1997, o chefe da delegação brasileira percebeu uma evolução positiva no paraesporte. “É de se esperar que cada vez mais o nível técnico da paraolimpíada cresça”, afirma. Para ele o importante, agora, é dar continuidade ao trabalho que vem sendo realizado. “O Brasil tem acompanhado esse nível de crescimento e já pensamos no próximo ciclo paraolímpico que culmina em Londres”, finalizou Martins.

Um comentário:

Receptivo Andaraí disse...

coloquei uma resposta a sua pergunta no meu blog. passa lá. abs