sábado, setembro 13, 2008

Jogos Paraolímpicos juntam a fome de vender com vontade de comprar

Foto: Paulo Trindade
*Por Paulo Trindade
De Beijing

Nas ruas de Beijing, é gente por toda parte. Uns a caminho do trabalho, outros para a escola, muitos transitando pelas movimentadas ruas da cidade, além dos turistas que andam por todo lado fotografando, comprando e apreciando as curiosidades aspectos excêntricos da China.

Os Jogos Paraolímpicos de Beijing tem sido uma festa. Do início do dia (8h) até a noite 23 (h), o povo chines e turistas de toda parte do mundo, se movimentam entre o trabalho, a escola, uma fugidinha para assistir aos Jogos no complexo olímpico de Beijing, local onde se realizam as principais competições das 20 modalidades que estão sendo disputadas nesta edição.

Com o 1 “Yuan” cotado a 4 reais, quem está na China a passeio ou veio para ver os Jogos Paraolímpicos, fica entre o deslumbramento da fome de vender do comerciante Chinês e da vontade de comprar típica do visitante. São duas faces da mesma moeda. O importante é faturar! Com uma projeção de ser o país mais rico do mundo, o povo chinês está mostrando durante os Jogos Paraolímpicos, que em matéria de negócios, eles não estão pra brincadeira.
Da bicicleta que se pode alugar na rua se quiser queimar umas calorias, passando pelos richxos - transporte tradicional oriental típico - ônibus, metrô, restaurantes, lojas de conveniência, vendedores de pequeno e grande comércio, são produtos e serviços dos mais curiosos à oferta de quem coloca o pé na rua.

A ordem é vender e comprar. Na porta das lojas, por todos os cantos, ficam Jovens vendedores e vendedoras, senhoras e senhores, oferecendo seus produtos e tentando quase que a laço, consumar uma venda a preços que sobem e descem a cada pergunta que se faz. O idioma, ajuda mas não define a venda. O comerciante mais tradicional fala chinês e os mais jovens algumas palavras de inglês. Aí entra a pergunta que interessa todos: Quanto custa? Hall Mach? A velha calculadora é objeto da mediação dos valores da compra e ajuste do câmbio. De olho nos números, não tem bolsa de valores que acompanhe o ritmo de uma barganha por um produto a venda.

Com uma linguagem de sinais, troca de olhares, sorrisos e caretas, o preço vai chegando ao que agrada comprador e vendedor. “Viver isto é uma loucura”, afirma o brasileiro Leonardo (27), que é administrador de empresas em São Paulo e está fazendo turismo na china.

Nas proximidades do Centro de competições paraolímpicas, temos ambulantes que vendem de tudo e estes botam para quebrar. Oferecem um boné com o símbolo dos Jogos paraolímpicos por 50 “Yuan”, cerca de 12 reais e se você entregar uma nota de 100 “Yuan”, para receber o troco será uma luta. Eles insistem em dar o troco com novas mercadorias, e aí o comprador fica dizendo “não, não” e ele conversando em mandarim, mostrando, bonés e outras opções de produtos. Ao final, enquanto você vai andando, ele vai falando e baixando o preço, concorrendo com outros vendedores concorrentes também em leilão, numa luta quase corporal pela venda. No Brasil “Seller” num capitulo de um livro de marketing chamou este tipo de atitude de Marketing de guerra. O boné acaba saindo a 25 “yuans”, vendedor fica com os 100 reais e o comprador com 4 a 5 bonés. Uma pechincha. Assim é por todo lado, um negócio da China.

Nenhum comentário: