terça-feira, setembro 09, 2008

Estréia Brasileira no Halterofilismo




Ailim Braz e Luciano Franklin,de Pequim.

Foto: Lucinano Franklin

A delegação brasileira de halterofilismo compareceu em peso à estréia da modalidade nos Jogos Paraolímpicos. Com quatro representantes em Pequim, a primeira disputa foi com a potiguar Maria Oliveira. Ela levantou 82,5kg, mas o peso foi insuficiente para levar o Brasil ao pódio. A atleta encerrou a prova na quinta colocação. Mesmo assim, manteve a empolgação e promete retribuir a torcida dos colegas Josilene Ferreira, Alexsander Whitaker e João Euzébio, que competirão nos dias 13 e 15.

Cuijuan Xiao era a favorita na disputa. Recordista mundial da categoria até 44kg, a chinesa garantiu o ouro ao levantar 100kg. A prata ficou para a polonesa Justyna Kozdryk, com a marca de 92,5kg. O peso levantado por Zeinab Sayed Oteify, foi o mesmo da segunda colocada. Mas uma diferença de 2,5kg no primeiro start da disputa, deixou a egípcia com o bronze.

Maria Oliveira deixou a arena sob os aplausos da torcida chinesa. A brasileira foi prata no Parapan do Rio de Janeiro, em 2007, e teve a estréia paraolímpica avaliada positivamente por Júnior Ferreira, coordenador técnico brasileiro do halterofilismo.

“Se ela não tivesse queimado no primeiro start, teria garantido, pelo menos, o quarto lugar. Mas a Maria está de parabéns. O resultado foi muito bom”, disse Ferreira, que coordena a delegação desde 2003."

Para a atleta, o resultado de hoje (9) foi fruto de muito trabalho e esforço. “Não pude trazer uma medalha, mesmo assim estou feliz. Abri mão do lazer e de momentos com a família para estar aqui. Mas valeu a pena. Foi a realização de um sonho”, contenta-se.

Chegar aos Jogos Paraolímpicos também foi considerado uma conquista por Josilene Ferreira, da categoria até 67,5kg. A goiana divide o tempo entre o trabalho, os estudos, a família e a conquista de títulos mundiais. O último veio em 2005, seguido de um bronze, em 2007, no Parapan-americano do Rio.

Na disputa pelo ouro, no próximo sábado (13), Josi considera a representante chinesa uma adversária forte, até pela quantidade de investimentos do país no para-desporto. “Se o esporte fosse tão valorizado no Brasil como acontece na China, teríamos condições de competir de igual para igual. O investimento nos atletas é o que faz da China uma grande potência também no para-desporto”, comenta.

Levantamento

No halterofilismo há três árbitros e a avaliação é sempre muito subjetiva, já que, pelo menos dois juízes decidem sobre a validade da ação do atleta. A partir do sinal de início da prova, o competidor, deitado, deve suspender a barra do apoio e abaixa-la até o peito, onde deve permanecer por, no mínimo, dois segundos. Após esse tempo, o peso deve ser reerguido e voltar aos encaixes. Qualquer desequilíbrio ou desrespeito às regras é analisado pelos árbitros. E entre eles, dois devem ter a mesma avaliação sobre as faltas, para que a penalidade seja aplicada.

A prova é dividida em até quatro etapas, e vence quem consegue levantar o maior peso. O resultado considerado é o melhor dentre todas as marcas registradas pelo atleta durante a competição.

Foto: Luciano Franklin

Um comentário:

Josy do Brasil disse...

oi Pessoal, eu sou a Josilene do halterofilismo brasileiro, a unica goiana do levantamento de peso,quero agradecer pela materia publicada e dizer que a medalha nao veio desta vez, mas que embreve ela virá, ja estou treinando forte para esta representando o Brasil nas paraolimpiadas de London se deus assim o permitir.no mais o meu mt obrigada a todos por a torcida...