quarta-feira, setembro 10, 2008

Quando a saudade aperta

Ailim Braz,
de Pequim.

Para muitos atletas, ter chegado às Paraolimpíadas de Pequim foi a realização de um sonho. O caminho foi difícil. Mas o esforço parece ter valido a pena para a maioria dos brasileiros. Mesmo com investimentos reduzidos no para-desporto, nossos competidores têm garantido bons resultados no quadro de medalhas. O difícil tem sido lidar com a saudade da família e dos amigos que ficaram no Brasil.

É o caso de atletas como Ádria Santos. Depois de garantir um bronze nos 100m classe T11, ela se empenha para fazer um tempo ainda melhor na próxima terça-feira (15), quando disputa os 200m rasos. Há um mês em Pequim, Ádria não vê a hora de voltar para casa. “Depois da premiação, conversei com a minha filha Bárbara e nos emocionamos muito. A saudade é grande. Mas, ao mesmo tempo, é ela que me dá garras para competir”, disse.

A halterofilista Josilene Ferreira também não esconde a emoção ao lembrar da família. Ela mora em Goiânia, onde trabalha, estuda e treina há mais de cinco anos. E, se dependesse mãe coruja, todos eles entrariam para o esporte. “Minha filha não gosta muito, mas o outro, sempre fez natação. Torço para que ele seja se profissionalize nisso e um dia possa trazer grandes prêmios para o Brasil”, empolga-se.

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