quarta-feira, setembro 10, 2008

Basquete segue, mas sem chances de medalha

Ailim Braz e Camilla Sanches,
de Pequim

Se dependesse de torcida, a vitória brasileira contra da Grã-bretanha, no basquete em cadeira de rodas, estaria garantida. Os chineses lotaram as arquibancadas do Estádio Nacional Indoor nesta quarta-feira (10) e dançaram até ao ritmo de Ivete Sangalo para prestigiar o Brasil. O resultado, no entanto, favoreceu os britânicos que, por 69 a 53, seguem na disputa pelo ouro.

Foto: Ailim Braz

Para o auxiliar-técnico da seleção, Sileno Silva Santos, o Brasil teve boas chances de marcar pontos, mas não finalizava as jogadas. “Tínhamos totais condições de ganhar, mas nos faltou amadurecimento psicológico. A falta de investimentos no para-desporto é uma realidade em nosso país, mas isso não pode ser usado para justificar a derrota”, declarou.

Durante quase toda a partida, as equipes mantiveram a diferença de sete pontos. Os adversários do Brasil estavam agressivos e não permitiram a virada em nenhum momento. Após o intervalo do segundo tempo, os atletas voltaram à quadra mais confiantes, e conseguiram baixar a diferença para cinco pontos. Mas a alegria brasileira durou pouco. Logo os britânicos reagiram e fecharam o jogo 16 pontos à frente.

Com a derrota, o próximo adversário será a China. Se vencer, o Brasil continua no campeonato com a possibilidade de terminar em nono lugar. Dadas as condições técnicas da equipe, que dispõe de equipamentos ultrapassados em relação aos demais competidores, Sileno considera esse resultado positivo. Histórico O basquete em cadeira de rodas participou de todas as edições dos Jogos Paraolímpicos.

O esporte começou a ser praticado nos Estados Unidos, em 1945, por ex-soldados do Exército norte-americano, que voltaram mutilados da Segunda Guerra Mundial. No Brasil, o basquete começou a ser praticado em 1958, tornando-se a primeira modalidade para-esportiva do país. Entretanto, seu melhor resultado foi o terceiro lugar nos Jogos Parapan-americanos do Rio, em 2007.

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