segunda-feira, setembro 08, 2008

Ádria e Terezinha vão para a final dos 100m

Ailim Braz,
de Pequim


O segundo dia de competições das Paraolimpíadas 2008 foi agitado para o Brasil. Só de atletismo, foram dez provas, com a participação de 18 brasileiros. Nas duas finais, nenhuma representação verde-amarela subiu ao pódio. Já nas eliminatórias e semi-finais, o resultado foi melhor. Terezinha Guilhermina e Ádria Santos, nos 100m classe T11, garantiram vaga na corrida pelo ouro. Depois de chegarem em primeiro e quarto lugares, respectivamente, elas demonstraram-se confiantes e satisfeitas com a estrutura dos Jogos em Pequim.

Com a marca de 12s48, Terezinha garantiu o melhor tempo da prova, liderada desde o início pela brasileira. O calor e a alta umidade desgastaram a atleta que, mesmo suada e ofegante, fez questão de comemorar e atender à imprensa depois da classificação.

“A estréia é sempre tumultuada por ainda não conhecermos a pista, mas agora estou preparada para disputar o ouro. A prova de hoje (08) foi um aquecimento para a de amanhã”, brincou a atleta.

Para Terezinha, Pequim está de parabéns pela estrutura e pela atenção dedicada aos atletas paraolímpicos. Ela definiu as instalações como “excelentes”, assim como a cerimônia de abertura dos Jogos. “A China conseguiu superar nossas expectativas. Aqui não temos sido tratados como coitados, mas como heróis. Essa será a grande lição deixada para o mundo.

Pela sexta vez em uma paraolimpiada, Ádria Santos, com 13s11, fez o quarto melhor tempo e será a segunda brasileira na final dos 100m. Mesmo contente com a classificação, a atleta disse que o resultado poderia ter sido melhor. “Infelizmente nem tudo foi como planejamos. Em maio, meu guia e namorado sofreu um acidente no salto com vara e isso me deixou sem condições psicológicas para treinar. Só o fato de ter conseguido a classificação já foi uma grande conquista pra mim e para o Rafael.”

Há um mês fora do Brasil, a atleta não esconde a ansiedade de voltar para casa.“Depois das competições, quero muito conhecer, pelo menos, o Cubo D’Água. Mas não vejo a hora de rever meus amigos e minha filha. O que me conforta durante as competições é saber que minha filha está lá, me assistindo.”

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