sábado, setembro 06, 2008

Cerimônia de abertura das Paraolimpíadas celebra a vida

Geyzon Lenin,
de Pequim.

Hoje (6), a cerimônia de abertura dos Jogos Paraolímpicos inicia o segundo maior evento esportivo na China. A XIII Paraolimpíada de Pequim promete ser tão grandiosa quanto as Olimpíadas. Na cerimônia seis mil dançarinos, alguns com deficiência, contarão a história do país no espetáculo que ocorre no Estádio Nacional, conhecido como Ninho de Pássaro, às 20h horário de Pequim, e no horário de Brasília, 09h.

Com o tema céu, a Terra e os seres humanos que simbolizam o emblema dos Jogos, às mais de três horas da cerimônia enfatizarão o valor à vida. Segundo o diretor executivo das cerimônias de abertura e encerramento, Zhang Jigang, o espetáculo foi desenvolvido com base em acertos e erros.

Ele admite que, quando começou a trabalhar com artistas deficientes teve cautela nas escolhas das palavras e na maneira de agir, para não ofender ninguém. Entretanto, o diretor percebeu que com o passar do tempo, o espírito de amizade e de cooperação predominou em relação a qualquer outro. Ele disse sentir-se satisfeito com seu trabalho que permanece um grande segredo.

O diretor só revelou que evento será divido em três partes: a viagem ao espaço, o tempo e a vida. Além do desfile dos mais de quatro mil atletas de 148 países, a entrada da Tocha Paraolímpica e a tradicional queima de fogos.

Até início da cerimônia de abertura, a tocha percorrerá 5,5km, e será carregada por 120 pessoas. Com o tema, “transcendência, integração e igualdade”, o símbolo Paraolímpico percorreu 13000km, por duas rotas e passou por 850 pessoas, sendo 170 portadoras de necessidades especiais, durante nove dias. No caminho por cidades históricas da China, passou por Xi'an, Hohhot, Changsha, Nanjing and Luoyang.

Na outra rota, a chama passou por cidades modernas do país como, Shenzhen, Wuhan, Shanghai, Dalian e Qingdao onde Robert Scheidt e Bruno Prada conquistaram a medalha de prata, na classe laser da vela durantes os Jogos Olímpicos.

Na frente de sua maior delegação da história, 188 atletas, o Brasil terá como porta-bandeira o judoca Antônio Tenório que foi medalha de ouro em Atenas e campeão nos Jogos Parapan-Americanos do Rio de Janeiro 2007, na categoria 100kg, classe cego total. “É um sonho que começa a se realizar quando a gente pisa na China. Agora, quando eu ouvir o meu nome sendo chamado o sonho vai ser maior”, resumiu o lutador.

A equipe brasileira será a quarta maior dos Jogos Paraolímpicos de Pequim, ficando atrás da anfitriã, dos Estados Unidos e da Grã-Bretânia, segundo o comitê organizador dos Jogos, (Bocog, sigla em inglês). Os brasileiros disputam 17 modalidades das 20 que fazem parte do quadro Paraolímpico.

A delegação brasileira terá oito competidores do Distrito Federal que garantiram a participação no atletismo, vôlei, tênis e hipismo que será disputado em Hong Kong. 45,2% dos atletas da equipe brasileira são de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, e 20,7 do Nordeste. Os estados Acre, Amapá, Ceará, Piauí, Roraima, Sergipe e Tocantins não têm nenhum atleta competindo.
A China terá sua maior delegação com 332 atletas e promete um desempenho igual aos dos Jogos Olímpicos, quando subiram no pódio cem vezes, 51 ouro, 21 de prata, 28 de bronze e lideram o quadro de medalhas. Nas Paraolimpíadas de Atenas 2004, o país ganhou 63 medalhas de ouro.
De acordo com Chefe de Delegação do país sede, Wang Xinxian, a China é tem uma equipe forte na natação, no tênis de mesa e levantamento de peso. “Essa é a hora da China mostra para o mundo que também gosta do Paraesporte”, disse Wang. O comitê organizador dos Jogos informou que 6.300 jornalistas de todo o mundo farão a cobertura do evento que começa hoje (6) e termina no dia 17 de setembro

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